Pensamentos Soltos... Instantes...

"Nós somos dos tecidos de que são feitos os sonhos"

Shakespeare, William

31/01/2007

:D ...

" O riso é um calmante sem efeitos secundários "

Significado dos sonhos...

...Cheguei ao blog e além de responder ao comentário da minha maninha, pensei... apetecia-me voar :) lol sim sem asas, mas voar... como não dá, né!? Fiz pesquisa no google, com a palavra voar, e apareceu-me este site giro : Interpretação dos sonhos - Dicionário
é engraçada a coincidência porque quando era adolescente, lembro-me de uma fase em que, sonhava várias vezes que conseguia a voar... O melhor de tudo era a optima sensação que isso me dava, como se estivesse realmente acontecer, tanto que já tinha falado disto a alguns amigos... :)

30/01/2007

Aquário...


O coração de um aquariano abarca uma imensidão de pessoas todas elas muito diferentes ;)

29/01/2007

Faculdade...



Não foi só queimar as pestanas... foi chorar de tanto rir com os nervos da aproximidade dos exames... Queimas, férias desportivas, amiga para toda a vida, namoros (foi só um) lol... e muitas mais coisas boas a recordar... Sim também é viver ;)

Comentários...

lolol está-se sempre aprender... afinal dá para apagar comentários indesejados, falo dos tipo spam, caso contrário não sou de fazer censura... :) Ainda estás muito verdinha nestas coisas de blog Sun ;)

Recordar é viver... ?




Rachel deixa a Sun nanar senão acorda com a telha... lol
Há casos, como nestas fotos, em que não possuimos recordações de certos momentos, no entanto imaginamos como foram...
E porque é que normalmente estamos sempre a sorrir nas fotos? Sim, para recordar que sejam os bons momentos... ;)

28/01/2007

Desenhos...




Estes desenhos já têm muitos aninhos... desde o secundário... são de tamanho A3 mas como como o "scaner" só dá até A4... No primeiro o tema era o movimento no segundo tivemos que desenhar essas pedritas com várias técnicas... Não que pense que estejam bons, nada disso, até porque sou muito crítica e exigente comigo própria, mas recordam-me a sensação de prazer que tinha ao executá-los... :)
E finalmente agora com mesa de desenho no meu quarto, que acabou de ser montada com ajuda do homem cá da casa :) posso voltar a esse prazer...

Quando 2=1...

Ana Madalena
De todos os seres humanos, aquele de quem tive maior inveja em toda a minha vida foi João Sebastião Bach: diante da estatura do seu génio, senti-me um pigmeu; perante a serenidade de mar calmo do seu espírito, pareceu-me um labirinto de confusões o meu; perante o seu equilíbrio como ser humano, experimentei-me neurótico; vi-me trivial, frívolo, contemplando a sua fundura.
Hoje, porém, tenho de confessar alguma coisa de novo: se até agora o invejei antes de tudo pela sua música, pela sua obra colossal, hoje creio que o invejo muito mais pela sua mulher, pelo dom infinito de ter sido querido por alguém como Ana Madalena Bach.
Acabo de ler um dos mais belos livros que existem não pela sua qualidade literária, mas pelo rio de amor que inunda cada uma das suas páginas: "A Pequena Crónica de Ana Madalena Bach", de que tanto tinha ouvido falar, mas que nunca conhecera.
É um livro super-simples. Uma mulher transparente, não excepcionalmente culta, fala no tom de uma menina adoradora do homem que encheu a sua vida. Fá-lo depois de ele morrer, quando já todos começaram a esquecê-lo, quando vive na miséria, porque o seu marido não soube poupar e teve de vender mal as poucas recordações que dele lhe restavam. Quando já só resta o amor ou a recordação infinitamente doce daquele amor.
Confesso que nunca acreditei que pudesse existir no mundo um carinho tão terno, tão intenso, tão desinteressado, tão duradoiro, tão profundo, tão verdadeiro. E parece-me que só agora começo a entender aquele universo de música que João Sebastião pôde escrever envolto naquele oceano de amor.
Há páginas com que não sabemos se comover-nos, ou se rir, ante a "adoração" com que Ana Madalena fala de Sebastião. Eis algumas amostras que dão o tom a todo o livro:
- "Cada vez que o via, o meu coração começava a bater com tanta força, que me impedia de falar",
- "Uma única vez na vida fui suficientemente tonta para acreditar que ele estivesse enganado",
- "No seu coração estava sempre viva a sensação de que ele era maior que todos os reis".
- "Sobre Maria Bárbara (diz, aludindo, à primeira mulher de Bach, sem sentir dela os menores ciúmes) derramou-se a bênção do seu amor, embora, às vezes, pense, com um sorriso, que gostou mais de mim do que dela, ou ao menos, por bondade da Providência, durante mais tempo".
- "Viver com ele e vê-lo dia a dia era uma felicidade que eu não podia merecer, nem nunca mereci. Durante muito tempo vivi num estado de assombro, como num sonho, e algumas vezes, quando Sebastião estava fora de casa, apoderava-se de mim o terror de poder despertar desse sonho e voltar a ser a menina Ana Madalena Wülken, em vez da esposa do maestro de capela Bach".
- "A nós deixava-nos observar o seu coração, que era o mais belo que pulsou neste mundo".
- "Nunca quereria deixar de ser a pobre velha abandonada que agora sou, se tivesse de comprar a mais formosa e honrosa velhice ao preço de não ter sido sua companheira".
- "Já não tenho - diz a última página do livro - nenhum motivo para viver: o meu verdadeiro destino chegou ao fim, quando se apagou a vida de Sebastião, e peço diariamente a Deus nas minhas orações a graça de que me leve deste lugar de sombras e me volte a reunir com ele que, desde o primeiro momento em que o vi, foi tudo pa¬ra mim. Só a vida terrena me separa dele".
A série de citações seria interminável. E há que assinalar que não são palavras para adular alguém vivo. Também não são elogios fúnebres de um recém-morto. É o que se pensa e se sente quando a morte começa a ficar distante, quando o que se apalpa é a miséria que se recebeu como única herança e quando tudo o mais é esquecimento. Mas um amor assim, uma devoção assim, são o melhor prémio que alguém pode conquistar neste mundo.
Agora, porém, quero acrescentar mais alguma coisa. Li estas frases a algumas amigas, e todas elas - como se antes se tivessem posto de acordo - comentaram o mesmo: "Assim, também eu. Um homem como Bach não devia ser difícil amá-lo e admirá-lo". Esta resposta deixou-me a alma cheia de perguntas. Algumas parecem-me muito importantes:
- Ana Madalena amou João Sebastião porque o compreendia e admirava, ou, pelo contrário, compreendeu-o e admirou-o porque o amava?
- Ana Madalena amou João Sebastião porque ele era um homem extraordinário, ou talvez ele foi o homem extraordinário porque se viu envolvido num amor assim?
Não são jogos de palavras. E creio que valerá a pena dar-lhes uma resposta.
À primeira respondeu a própria Ana Madalena, quando, no título do primeiro capítulo do livro, nos diz que "o compreendeu totalmente porque o amava". Quando nos explica sem rodeios que "Sebastião era um homem muito difícil de conhecer não o amando".
Enganamo-nos, se julgarmos com olhos de hoje. Na sua época, ninguém - só Ana Madalena e poucos mais - descobriu que Bach era o génio que hoje conhecemos. Os que o julgavam com suas rotinas ou suas inteligências pensaram que fosse um músico a mais. E esqueceram-no apenas morto só Ana Madalena se atreveu a afirmar, anos depois da sua morte, que "embora os homens não atendam hoje à sua recordação, não o esquecerão para sempre. A humanidade não poderá silenciar sobre ele muito tempo". Só ela entendeu que quando o mundo pensava mais na obra dos seus filhos do que nele, no futuro seria a música de Bach que se imporia. Era Ana Madalena que se enganava cega pelo seu amor, ou era o seu amor que se tomava profético e muito mais inteligente que a inteligência dos seus contemporâneos?
Quero dizer aqui alguma coisa que pensei muitas vezes: que o coração não é só o orgão do amor, mas que pode ser também o orgão do conhecimento. Que não se entende só com a razão. Que há campos humanos em que "o coração tem razões que a razão não compreende" (Pascal). Quantos casais não se entendem porque não se amam! Quantas coisas ininteligíveis começam a clarificar-se quando se olham com um novo amor!
Mas ainda me interessa mais a segunda pergunta: a questão da mútua fecundação dos que se amam. Nem só fisicamente é fecundo o amor. Os que se amam reengendram-se um ao outro, multiplicam-se, recriam-se. E assim o amor de Ana Madalena multiplicou-a a ela e multiplicou João Sebastião.
Multiplicou-a a ela. Durante a sua vida, "uma palavra de aprovação sua valia mais que todos os discursos do mundo". Depois da sua morte, "embora não tenha nenhum objecto que mo faça recordar, bem sabe o céu que não é necessário, pois me basta o inestimável tesouro de recordações que repousa no meu coração".
Aquele amor rejuvenescia-os aos dois: "Quando me via ao espelho pensava que era como quando o conheci. Mas, fosse qual fosse a ilusão que criara a esse respeito, sempre é melhor que envelheça o rosto do que o amor. Eu tinha contemplado o rosto de Sebastião com tanta persistência, que todas as transformações nele produzidas escaparam à minha percepção desde o dia em que o vi pela primeira vez na igreja de Santa Catarina de Hamburgo, e tinha de fazer expressamente comparações para me convencer de que também nas suas faces o tempo tinha realizado a sua obra".
Mas isto não é tudo. O importante é perguntar que parte da música de Bach devemos ao amor que Ana Madalena lhe tributou. Teria ele composto aquele universo de harmonia e serenidade, se não a tivesse a seu lado? Ana era absolutamente consciente - já desde o próprio dia do seu casamento - de que "se em alguma coisa o fizesse infeliz, correria o perigo de malograr a sua música".
Podemos então perguntar-nos quantos génios não se terão malogrado por não terem sido suficientemente amados! Quantas obras musicais ou poéticas nasceram envinagradas porque numa casa os nervos dominaram o amor!
Esta ideia deveria angustiar-nos. A nossa falta de amor não só pode fazer infelizes os que nos rodeiam, como pode também torná-los infecundos, ou peturbar a sua fecundidade. Será a falta do "meu" amor, que torna infeliz este mundo em que vivemos?
Querida Ana Madalena, obrigado pelo teu amor, obrigado pela música do teu esposo! Eu sei que a escrevestes os dois juntos, com o vosso amor.

José Luís Martín Descalzo - "Razões para o amor"

Provérbio Árabe...

Com rosto sorridente duplicamos as capacidades que possuímos...

26/01/2007

26 Janeiro...



Australia Day commemorates the landing of Great Britain's First Fleet in Sydney Cove on January 26, 1788.

Hear No Evil, See No Evil, Speak No Evil...



Mais inteligentes que muitos de nós... ;)

25/01/2007

Sit down next to me...

I'll sing myself to sleep
A song from the darkest hour
Secrets I can't keep
Inside of the day
Swing from high to deep
Extremes of sweet and sour
Hope that God exists
I hope I pray
Drawn by the undertow
My life is out of control
I believe this wave will bear my weight
So let it flow
Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy
Now I'm relieved to hear
That you've been to some far out places
It's hard to carry on
When you feel all alone
Now I've swung back down again
It's worse than it was before
If I hadn't seen such riches
I could live with being poor
Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy
Those who feel the breath of sadness
Sit down next to me
Those who find they're touched by madness
Sit down next to me
Those who find themselves ridiculous
Sit down next to me
Love, in fear, in hate, in tears
Down
Down
Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy
Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy
Down

James - Sit down

24/01/2007

Pais à beira de um ataque de nervos...




lolololol são umas fofuras não são? Sim, ao cuidados dos outros sim... lol :)

22/01/2007

Parabéns...

... ao BITAITES eu sou nova nesta coisa dos blogs e descobri-os através do blog de um amigo meu... É muito bom mesmo :)

CD...




Poissss é maninha :) não te peço o homem em pessoa... lol embora não me importasse :P
mas quanto ao CD com os singles de 1992 a 2006 estas à vontade... ;)
Sony : CD Jamiroquai

19/01/2007

Tô ta bere...



:)

Loneliest Star...

Seal :

Picture the sky that is how high I reach
So far alive none have been right for me
But your love, is a chance I'd like to take
With each breathe in me I wait
If it brings you back to me

Because I'm free and I'm young
I'm the loneliest star from the sun
But I feel that I'm close to the one
Who will stop me from coming undone

Cause I'm free
I have been close
I have been almost near (who do you really want to make it, who do you want to kill)
But city light
But nothing quite like here (who do you really want to be right here)

And your love, (your love) is a light that binds us both, (your love)
With each breathe in me I hope
We won't throw it all away

Don't you know that I'm free and I'm young
I'm the loneliest star from the sun
And I feel that I'm close to the one
Who will stop me from coming undone

(With your love), I know that I could be the best with, (With your love), I know that I can take a risk with (With your
love), I could fly with your love, (With your love, With your love), I feel alone to try and mess with, (With your love), you and I
would be possessed with (With your love), I would die for you love (With your love)

Don't you know that I'm free and I'm young
I'm the loneliest star from the sun
But I feel that I'm close to the one
Who will stop me from coming undone

Cause I'm free, don't you know I'm free
Cause I'm free, don't you know I'm free.

Heaven help...

Lenny Kravizt :

There comes a time
To be free of the heart
I wanna be ready
Ready to start
On a love journey
Got places to go
Made up my mind
And I have got to let you know

Heaven help the heart
That let's me inside
Heaven help the one
Who comes in my life
Heaven help the fool
That walks through my door
cause I decided right now
Im ready for love

A funny feelings coming
Over me
Now I'm inspired and open to being
In a love place
But it's out of my hands
I'm telling you baby that you got to understand

Heaven help the heart
That let's me inside
Heaven help the one
Who comes in my life
Heaven help the fool
That walks though my door
cause I decided right now
I'm ready for love
Ready for love

I can't see whats out there for me
And I know love offers no guarantee
I'll take a chance and i'm
Telling you something babe
I got to let you know

Heaven help the heart
That let's me inside
Heaven help the one
Who comes in my life
Heaven help the fool
That walks through my door
cause I decided right now
Im ready for love

Ready for love
Take a chance
Take the chance on love
The heart, the fool


;)

17/01/2007

A minha mãe...


... com quem tenho muitos problemas de expressão, mas aprendemos mutuamente que o silêncio às vezes também diz muito...
É uma pessoa muito simples, sensível e bem humorada... Diz-me constantemente para eu ser humilde, tento, mas não sei se sou... Mas a razão pela qual me lembrei de escrever es te post deve-se a que ela tem a solução para a paz no mundo... Lol, de vez em quando em desabafo lá diz : " se os homens tivessem roupa para lavar, cozinhar, limpar, filhos para criar,... já não tinham tempo para pensar em guerras!!!" Lol e eu sorrio, sorrio para dentro e penso... Se na casa branca acabassem as mordomias o sr Bush teria primeiro que "limpar a própria casa" e estaria assim tão ocupado que já não se lembraria de asneiras...
Mas tenho que alertar a minha mãe para o facto que com os homens domésticos teriamos muitos com dores de cabeça à noite, não? Lololol...

15/01/2007

Problema de expressão...

Clã :

Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

Penso que esta música e este sentimento é universal... Daí o sucesso que teve e tem esta música, que será eterna, porque é sincera, simples, verdadeira e nos identificamos com a situação que retrata... :)
Regra geral não acredito muito nas pessoas que dizem amo-te com uma facilidade tremenda, mas a verdade é que também nos deviamos esforçar por dize-lo mais vezes a quem está perto de nós, não vá amanhã ser tarde demais... ;)

Pequenos gestos...

Um final de tarde feliz... E porque ? Porque um querido amigo meu, com o pequeno gesto de escrever : www.pandora.com me deu a conhecer um site onde podemos escolher um grupo de música ou cantor e com eles criarmos as nossas estações de radio personalizadas ;)
E eu e a minha sister lá nos divertimos com mais esta opção musical... Thanks :)

Querido ladrão...

Gostaria que este primeiro apontamento do meu Caderno chegasse às tuas mãos, amigo ladrão, tu que há duas semanas me arrombaste a porta do apartamento, revistaste as minhas gavetas e abriste um por um todos os meus armários. Gostaria, pelo menos, de te agradecer, não tanto por nada teres levado, mas sobretudo por teres deixado em ordem todos os meus papéis.
Quer-me parecer, meu rapaz - porque estou certo que não passas dum rapazola - que amaldiçoaste todos os meus ascendentes ao descobrir que em minha casa - desgraçadamente para ti, afortunadamente para mim - havia só coisas que não te interessavam absolutamente nada: livros, discos, e um ou outro objecto de arte muito querido ao meu coração, embora sem grande valor em si mesmo. O que tu procuravas - suponho que para mais te afundares na droga - eram jóias, ouro, dinheiro. Se me conhecesses, terias poupado o trabalho de me arrombar a porta. Já saberias que o ouro e as jóias me parecem as duas coisas mais estúpidas do mundo. E que, quanto ao dinheiro, tenho uma habilidade diabólica para o gastar mais depressa que o ganho. Não encontraste o que não podias encontrar.
E, no entanto... No entanto, tu tiraste-me - com a cumplicidade da minha cobardia - alguma coisa de mais valor que os preciosos diamantes. Vou explicar-me. Eu sempre defendi que a confiança é parte substancial da vida dos homens; que seria preferível não existir a viver com a alma bloqueada. Se não tenho confiança naqueles que estão junto de mim, e rodeio a vida e o coração de arame farpado, não farei mal a quem se aproximar de mim, mas fá-lo-ei a mim mesmo. Um coração desconfiado envelhece depressa. Um coração fechado entre paredes de pedra e cal está mais morto do que se realmente tivesse morrido.
Aqui tens a razão pela qual sempre fui contra o reforço das portas da minha habitação (e assim te foi tão fácil assaltá-la). A mesma razão me levou a ter sempre o costume de não tirar as chaves das gavetas e dos armários (e por isso não precisaste de os rebentar para os abrir).
Os três vizinhos do meu andar já tinham blindado as suas portas. E os três me haviam dito mil vezes que fizesse o mesmo, já que todos os dias liam nos jornais notícias de rapazes como tu. Eu sempre me ria: "Em minha casa -dizia - não há coisas que possam interessar a ladrões". Mas, no meu interior, era outra a razão decisiva. Sabia, sim, que a violência é um dos eixos do mundo de hoje, mas não queria ser levado a pensar ou imaginar que ela se voltaria contra mim, convertendo-me, deste modo, num "violento defensivo", numa alma enclausurada.
Havia ainda outra razão. Se tu me conhecesses, saberias decerto que sempre vi um pouco em Bernanos o pai da minha alma. Pois bem, este famoso escritor - lê-o, que a sua leitura é mais apaixonante do que a droga - prestava verdadeiro culto à confiança entre os homens. A tal ponto que quando um dia lhe contaram que havia regiões no Brasil onde as casas não tinham portas, nem ferrolhos, nem chaves, foi viver para lá, convencido de que aqueles que assim pensavam, por força haviam de ser homens completos.
Também eu me sentia vinculado a esse culto da confiança. Preferia, inclusive, ser roubado afazer da minha alma um castelo roqueiro.
Dito isto, reconheço que pequei. Eu pecador me confesso a ti, ladrão amigo, para te contar que atua avareza e a minha cobardia, juntas, foram mais poderosas que todos os meus propósitos.
Naquela tarde, quando encontrei a porta aberta de par em par, graças ao trabalho das tuas mãos, senti tremenda revolta no fundo de mim mesmo. Não era contra ti ( ou, pelo menos, não era só contra ti), mas contra este mundo que estamos a construir . Gostaria, por isso, de saber quem eras e como eras. Saber se estás consciente -como eu estou - de que este planeta se está a tornar inabitável. Não quero sequer pensar que a droga acabou por pulverizar para sempre atua consciência.
Naquela noite, dormi mal. Era acordado por ruídos inexistentes. Vi monstros que talvez se parecessem pouco contigo, mas que eram piores do que tu; tu, porém, serás como eles se continuares por esse caminho. Apoderou-se de mim uma raiva secreta. Não por me teres roubado - a verdade é que nada levaste e eu poderia dar-me por feliz - mas por viver em meio duma sociedade que, decerto, te fechou primeiro a porta do trabalho, para te atirar em seguida para a senda aberta do vício. Vício caro e destruidor.
Durante os dez dias seguintes, continuei a sentir-me estranho. Sempre chegava a casa com o coração abater e a imaginar o pior: porta arrombada e tu, lá dentro, de faca em riste e revólver apontado.
Muito pequena devia ser a minha confiança. Ao sexto dia, capitulei. Não sei que demónio me levou a pensar que só uma porta blindada traria a paz ao meu coração traumatizado.
Sem mais delongas, aí estão ferrolhos, trancas, barras de aço, chaves supercomplicadas: todo um armamento defensivo. Como se vivesse encerrado em caixa-forte, feito lingote desse ouro a que não dou valor nenhum.
Agora sinto-me muito mais tranquilo. Mas muito menos homem. Muito menos fraterno. E não tenho pena do dinheiro que, graças à tua façanha, tive de gastar; tenho pena de saber que aumentou o número dos que desconfiam, dos que vivem com a alma cheia de cães de guarda.
A culpa não é só tua. É também minha. Este sentimento de culpa comum é certamente o único traço humano que resultou de tudo isto.
Queira Deus que possas ler estas linhas e sentir alguma coisa de parecido. Assim nós dois saberíamos que atua avareza e o meu medo se deram as mãos para construir esta tristeza.

José Luís Martín Descalzo - "Razões para a Esperança"

13/01/2007

Compra do mês...



Não, não foi um quadro infelizmente... ;)
Mas foram os 3 volumes : Paula Rego - obra gráfica completa, cada um por 3,95 € na Fnac... Para quem gosta da sua técnica de pintura, fica a sugestão...
Já os desfolhei e ao fazê-lo associei de imediato à minha última leitura kafka à beira mar do escritor Murakami... Pelos corvos, mas não só, por todo o imaginário e pela aspereza com que retrata alguns temas... Acho que se iriam entender bem, se é que não se conhecem...
Na Gulbenkian : Tríptico «Vanitas» de Paula Rego
Na entrevista para as televisões, ela fez-me sorrir quando disse algo como: e por favor agora não me façam mais perguntas porque já não sei o que hei-de inventar mais para explicar a minha pintura... :) Pois, esta necessidade incessante que temos de racionalizar tudo... Mas um quadro não pode dar prazer ou criar emoções simplesmente pela sua beleza? Fazendo cada um a sua interpretação?

11/01/2007

Mr. P


>
Muito giro o ñeco : www.propagandaonline.com

Imaginação...


Site : Markus Hofer

Lã...



Site acolhedor : www.ruthcross.com

Swan lake...


Site a não perder : www.steinerlenzlinger.ch
(Endereços retirados da revista amo-te mag)

07/01/2007

Outros tempos ?...

Estórias da Universidade

Olhares embaraçosos

No tempo em que os cursos de Engenharia eram constituídos por seis anos, três na Faculdade de Ciências - situada na Praça Gomes Teixeira - e três na Faculdade de Engenharia, na Rua dos Bragas, o Assistente de uma das principais disciplinas leccionadas na Faculdade de Ciências, ao preleccionar durante as então chamadas aulas práticas, tinha tendência de olhar, disfarçadamente, para as pernas das alunas que nessa época eram poucas, não atingindo a meia dúzia e que, por norma, se sentavam na 1ª fila das carteiras.
Perante este comportamento as nossas colegas decidiram reagir.Uma primeira vez levando jornais para as aulas e estendendo-os, ostensivamente, por baixo das carteiras, sobre os joelhos. Como o sistema não era prático, passaram a doptar outro expediente que resultou, ou seja, olhando, todas, insistentemente, para os pés do Professor durante as aulas, de tal forma que a determinada altura aquele já não sabia em que posição se devia situar quando tinha de se levantar para se dirigir ao quadro preto, a fim de expor a matéria.
E desta forma, tão simples, acabaram com o inocente hábito do Professor.
Outros tempos, outros hábitos...

Joaquim Emílio Torcato Barroca
Engenharia Electrotécnica

Na revista UPORTO - Setembro 2006

Uma atitude inteligente, sem dúvida, que, a meu ver, ainda pode ser aplicada em muitas ocasiões, e não falo relativamente a sexos opostos, mas a todas as criaturas que encontramos e nos avaliam de cima a baixo, à procura não sei bem do quê... ;)

06/01/2007

TIME - Best Inventions 2006

O site é : TIME Best Inventions 2006
Diversas categorias como :
Transportes

Alimentação

Medicina

Luz

Casa

Casa

Militar


Muitas curiosidades a serem descobertas... :)

05/01/2007

Religião...

Até aos 10 anos frequentei um colégio de freiras, com as quais continuei a manter o contacto em “acampamentos” de férias, em Vila Nova de Cerveira, nas belas terras do norte, durante a minha adolescência... Adiante que isto não vez muito ao caso... A verdade é que passei do Deus que “se te portares mal Ele castiga-te” ao Deus “tudo perdoa e a todos ama”, ora bem, desde que estejas realmente arrependida Sun ;)... Lol, mas a minha grande dúvida desde miúda era : se Deus todos ama, como podia a igreja, bem, não é a igreja, é o vaticano, não aceitar os homosexuais, as pessoas diferentes ? Sim, porque eu faço parte da igreja e aceito cada pessoa como ela é...
Outra coisa que ouvia em miúda das irmãs era que a evolução natural seria todos os cristãos se unirem, mas se até isso parece estar a ser difícil... como será possível entre as outras religiões não cristãs?...
Como eu vejo as diferentes religiões? Eu, simplifico : Existe um Deus que é universal, e que para se manifestar enviou Jesus, Buda, Maomé e talvez até mais profetas, cada um manifestando-se de acordo com a sua cultura e local... A base de todas ela é o amor ao Deus criador e por isso o amor aos outros, e toda a natureza nos rodeia, porque tudo é Deus... É isto que sinto e penso !!! :) Agora aguardo as vossas divagações...

02/01/2007

Novo curso...

Já dizia a minha vóvó : "O saber não ocupa espaço Susaninha" :)
Desta vez, Luís, Eduardo e companheiros de boas noites, é um curso de Recursos Humanos, para um curso de Gestão de Empresas tenho de ganhar coragem... E claro espero que este não tenha trabalho final, senão já estão a ver o filme... Este não é para se obter CAP, é grátis e recebes o subsídio de jantar... :)
E eu pensei assim: ora bem, se eu conheci gente tão porreira no curso de TSHST e relaxava do trabalho com o convívio entre todos, tenho que ir tirar mais cursos...
Vamos lá ver como corre, aliás tenho que perguntar à minha sister se sempre há vagas...
Jinhos

Projectos...

... Tenho 3 projectos para se iniciarem em 2007... lol
Não, não é escrever um livro, ter um filho ou plantar uma árvore, mas são tão facilmente concretizáveis quanto este último... Basta eu querer e quero muito :)
O 1º já posso desvendar porque até já iniciei uma série de preparativos para tal :
Vou retomar a pintura interrompida no 11º ano quando estudava artes...
1º desenho, lápis de cor e depois logo se vê quanto à pintura a óleo, não gosto de cortar etapas...
Os restantes... ficam comigo até dar o 1º passo nas suas direcções, ok? Jinhos

Biosfera...

Costumam ver este programa de televisão da RTPN? A meu ver, é excelente... Temas como energias alternativas, agricultura e o nosso ambiente em geral... :) Sempre que acabo de ver penso... Há Esperança :)

Oprah e Malato...

O que têm em comum? Além de me fazerem rir... Lol
São ambos genuínos, não renegam as suas origens, são excepcionais comunicadores, inteligentes, humildes... é o que eu capto deles...

Céu Azul...

Aos meninos normalmente associa-se o azul... Será que o poder dos homens está ligado ao azul do céu? Então, daqui a uns anitos mudará... Lol :) e veremos tudo cor de rosa...

Lua cheia...

... Pode ser coincidência ou não, mas tenho a sensação que a lua cheia afecta-me interiormente... Lol será que sou lobimulher? Lol

Klimt...

Relógio Biológico...





Agora, Sónia e Luís, digam-me lá, como não pode o meu relógio biológico andar desperto? Lol :)

2007...



Enya

Only Time - Filme Doce Novembro


Who can say where the road goes,
Where the day flows, only time?
And who can say if your love grows,
As your hearth chose, only time?

Who can say why your heart sights,
As your live flies, only time?
And who can say why your heart cries
when your love lies, only time?

Who can say when the roads meet,
That love might be ,in your heart?
and who can say when the day sleeps,
and the night keeps all your heart?
Night keeps all your heart.....

Who can say if your love groves,
As your heart chose, only time?
And who can say where the road goes
Where the day flows, only time?

Who knows? Only time
Who knows? Only time